sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Maria Rita: “Até queria ficar um tempo longe do palco, mas não consigo”

“Escreve aí que a turnê do Samba Meu acabou”, disse-me Maria Rita, assim que eu me aproximei dela – nos bastidores do programa Altas Horas em homenagem a Adonrian Barbosa – para perguntar sobre o show que ela vem apresentando desde junho no Tom Jazz, uma pequena casa de shows em São Paulo. Depois de uma mega turnê (foram quase três anos) pelo Brasil e pelo exterior, sai a grande banda que a acompanhava e entra um trio Tiago Costa (piano), Sylvinho Mazzucca (baixo) e Cuca Teixeira (bateria). Na plateia, em vez das milhares de pessoas, apenas 200 por noite – a capacidade do local.



“Eu comecei cantando em casas pequenas”, relembra. Algum resgate? “Não, quem resgata é bombeiro, rapaz!”, debocha Maria Rita da minha pergunta. “É só um passo diferente do que eu vinha dando nos últimos anos”.


“Em oito anos, eu lancei 3 CDs e 3 DVDs. É muita coisa, né?”, justifica. A cantora conta que, depois encerrar a turnê Samba Meu, disse ao seu irmão, João Marcello Bôscoli (seu sócio na venda de seus shows), que gostaria de ficar um tempo longe dos palcos, só cuidando da vida e do filho Antônio. “Falei para o João que queria ficar uns seis meses parada. Ele me disse que eu não aguentaria. Dito e feito. Inventei esse show”, diz.


No repertório, alguns sambas do terceiro disco (Trajetória, Cria e Num corpo só), de projetos anteriores (Cara Valente, Conta Outra, Pagú, Cupido, Não vale a pena), além de canções que ela nunca gravou (Santana, Perfeitamente, Conceição dos Coqueiros e Só de você). Maria Rita diz que o “novo show”, que não tem nem nome, foi feito para “matar saudades e se divertir”.


Mas e um novo trabalho, quando sai? As especulações para o próximo trabalho da cantora já começaram. Um novo disco de samba? Uma volta ao formato intimista do primeiro disco? Maria Rita garante que ela ainda não tem ideia do que vem por aí. Dicas no “show sem nome”? Ela afirma que não. “Não é teste para um novo trabalho. Eu gosto de cantar. É isso que estou fazendo”.


Aliás, o “show sem nome”, previsto para durar cerca de um mês (uma apresentação por semana), já virou quase uma turnê. As apresentações, sempre às segundas-feiras, já estão confirmadas até o final de setembro.

Época

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