domingo, 18 de outubro de 2009

"Maria Rita e milhares de fãs não deixam o samba morrer"



REPORTAGEM JC

Símbolo da identidade nacional, o samba foi o mote do projeto Eu faço Cultura, que trouxe para o Cabanga Iate Clube, no Recife, Maria Rita com seu novo trabalho Samba meu, já apresentado duas vezes no Estado. A festa recebeu três mil pessoas que caíram na cadência do ritmo até o amanhecer com Madeira Delay e Patusco, que tocaram juntos.
O público foi chegando, a partir das 23h, ao som do pianista francês Cyrille Verdeaux. Meia hora depois, a casa já estava cheia e os músicos da Samba de Luxo mostraram porque “Só o samba salva”. Com sincronia e virtuosismo, eles levaram o que há de melhor em Cartola, Benito de Paulo, Adoniran Barbosa, Jorge Aragão e Fundo de Quintal.





Com sandálias e vestidinho prata – o ousado figurino de sempre –, eis que surge no palco a filha de Elis Regina, “pedindo aos bambas de verdade licença para passar”. O show seguiu o repertório dos outros dois: O homem falou, Tá perdoado e Maria do Socorro. Depois das canções, explicitamente feliz, a cantora falou sobre a satisfação de estar no Recife. “É uma alegria poder estar aqui. Esse lugar é muito querido. Tem boas músicas, boas influências e boa comida”, disse. Twitteira de plantão, ela registrou o antes e depois do show no seu microblog.

Trajetória, O que é o amor, Cria e Recado foram cantadas em coro entre piscar de olhos, tchauzinhos, risos e bicos, típicos da cantora. Na canção Muito pouco, ela pareceu estar em transe de tamanha entrega. O show também teve sucessos consagrados como Pagu, Encontros e despedidas, Cara Valente (eleita também para o bis) e Caminho das águas, cuja primeira parte foi cantada apenas pela plateia, deixando todo mundo, inclusive a musa, em êxtase.A chuva fina e rápida diminuiu o calor, mas não conseguiu diminuir a energia da multidão.
As canções Corpitcho, Casa de Noca, Num corpo só, Maltratar não é direito e Conta outra encerraram o show. A essa altura, Maria Rita já estava suada, de cabelos presos, descalça, enfim, em casa. No bis, de improviso, o frevo de bloco Valores do passado, a pedido de uma fã. O show não poderia terminar de outra forma: Não deixe o samba morrer.
FONTE: JC ONLINE
FOTOS: BOBFLASH

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...